Boa tarde, meninas
Aqui dessa tarde fria, quero tentar fazer uma síntese da história da minha relação com o meu corpo.
Como vocês sabem, a vida de uma mulher gorda não corre tão fácil assim, com algumas exceções, imagino.
Volta e meia eu lembro, com pesar e um pouco de espanto, que eu tomei meu primeiro comprimido pra emagrecer aos 11 anos. Quem tá perto ou na casa dos 30 deve lembrar do famoso Inibex. Não sei se existe ainda, espero que não.
Mas vamos voltar um pouco. Tenho memórias da minha infância a partir de uns 4 anos de idade. Dessa época eu não lembro 100% das coisas. Mas sempre tento lembrar em que época exatamente eu comecei a batalha com o meu corpo. Ou melhor CONTRA ele.
As primeiras memórias disso datam dos meus 6 anos, acho. Na pré escola, as meninas.. não queriam ficar perto de mim, muitas delas. Lembro sempre de ter uma amiguinha só. Ali eu já não era a Vanessa, ali eu já estava "coisificada". Ali eu já era a gorda.
Lembro da minha primeira viagem à praia.. litoral de SC. Eu tinha 7 anos. Eu usei um biquíni vermelho. Eu era corpulenta sim. Mas olhando minhas fotos, hoje eu sei que não era gorda ainda como diziam. Nessa época já ouvia que não deveria comer demais pra não ficar mais gorda e feia.
Acho que foi por volta dos 10 anos que comecei ouvir que não ia arrumar namorado, gorda daquele jeito. Eu "estava" enorme. Eu me sentia imensa. Feia mais do que nunca.
Veja, é importante traçar mais ou menos essa linha do tempo... pra entender como esse sentimento de culpa e ódio foi se desenvolvendo dentro de mim.
Aos 10 anos eu já tinha consciência de que era feia, que morreria sozinha. Que ninguém nunca ia me querer. E com exceção da minha avó analfabeta de pai e mãe, todos ao redor acreditavam que eu pensar assim era pro meu bem, que quem sabe, com medo e terrorismo emocional eu parasse de comer e perdesse peso. Já que eu estava feia.
Mas eu não os culpo. Não culpo minha família. Inclusive, até hoje boa parte dela continua com o mesmo pensamento e "preocupação com a minha saúde".
Então, aos 11, já "obesa" (ironia aqui tá, gente), me foi dado (não vou citar nomes) o primeiro comprimido pra emagrecer que eu tive contato. Eu tomei feliz, nem pensava nos riscos, pensava em perder peso, pra agradar e pra ficar bonita, ter um namorado, etc. Aquilo era forte, eu ficava o dia todo sem comer, com a boca super seca, o coração acelerado. Lá pelas tantas começou o mal estar.. e eu comecei a pula algumas doses. E quando eu não tomava aquilo, eu comia muuuito mais do que comeria normalmente. E aquilo foi oscilando meu peso e tudo no meu corpo, hoje consigo perceber isso. Em dado momento, pararam de me dar o remédio, já que eu continuava gorda mesmo.
Continuando, ontem não consegui terminar. Hoje ainda congelante aqui no sul e bora lá!
Dos 12 aos 18, 19 anos foi uma sucessão de fracassos em dietas, desde a clássica e inútil dieta da lua até as mais esdrúxulas que vocês possam imaginar. Nesse período porém, eu era bem ativa, fazia academia, praticava esportes, fazia caminhada. Tudo com pensamento de emagrecer e finalmente ser bonita. Naquela época eu nem me dava por conta no benefício pra minha saúde que não ser sedentária me traria. Fora os problemas de garganta e alergias, eu não tinha nada. Era super saudável. Dessa época, lembro também de já ter dificuldades de encontrar roupas legais no meu tamanho.. na época 44! Essa numeração nos anos 90 era só coisa de "velha", sem graça, sem corte. Cores apagadas e feias.
Acumulavam também as decepções amorosas. Porque entre o rei a e rainha da escola, não caberia uma gorda engraçada. Na escola, eu era a com as melhores notas. Talvez por isso não sofri tanto bullying. Sofri algum, mas não todos os dias. Tinha dias bons, principalmente em época de provas e trabalhos, onde todos disputavam sentar perto de mim, pra colar ou receber cola. Não lembro de fazer grandes esforços pra estudar. Nunca soube estudar. As boas notas eram naturais na época, mas eu sabia que eram essenciais pra que eu não virasse alvo constante das piadas, afinal, no meu tempo, ou você era a mais bonita ou era a mais inteligente e ser inteligente, como eu disse, era uma espécie de "passe livre".
Entre os 12 e os 18 o que foi mais difícil mesmo foi ser deixada de lado pelo sexo oposto. Todas experimentando o primeiro beijo e eu amargava a solidão escondida atrás da máscara de gorda engraçada amigona de todos. Nem sei quantas noites passei chorando abraçada no travesseiro... Quantas pensamentos suicidas... Autodepreciativos, nocivos, sombrios. Foi aí que surgiram os primeiros pensamentos sobre morrer. Veja, a noção de que morrer não pode ser pior do que aquilo que estamos passando é muito triste. É mais triste ainda quando se é tão novo, como eu era na época. Mas essa parte mais sombria da minha história prefiro não narrar pra vocês. Não acho que possa acrescentar grandes coisas.
Entre os 19 e 21 anos é que eu passei a experimentar o que todas minhas amigas haviam experimentado anos antes: o interesse dos meninos. Foi um período conturbado. Eu saí de casa de uma forma nada amigável. Passei trabalho, dormi na rua. Aprendi a beber pra afogar as tristezas e rir mais. Em função disso, passei durante um tempo vivendo com pouco mais que uma refeição ao dia, o que me fez perder um pouco de peso e ficar ali na casa dos 75 a 80 kg. Nesse época, e por tantas outras épocas o fantasma dos 100kg me assombrava. Cansei de ouvir em tom de reprovação, qualquer coisa que eu comia, gritos de "tu vai explodir, daqui a pouco tá com 100kg e não tem mais volta". Aquilo esteve muito tempo comigo. Essa idéia de "não ter mais volta" é bem cruel.
Chegar aos 100kg com 22 anos, grávida, mãe "solteira"... Foi um período terrível. Depois que meu filho nasceu, ver meu corpo mudar ainda mais, me deixou triste, uma vez que no período anterior, dos 19 aos 21, eu recém havia começado a ver um rapaz ou outro interessado em mim e ver minha barriga que antes era reta e lisa com estrias e flácida... mexeu muito comigo. Sim, eu tinha o corpo que hoje e gente vê nas modelos plus size curvy. Mas na minha cabeça, e no espelho, eu me via com 200kg e muito disforme por tudo aquilo que sempre ouvi... aliás, de tanto ouvir, eu absorvi. Depois dos 22, em meio às responsabilidades de ser mãe solo e depender financeiramente dos meus pais ainda, eu volta e meia entrava em uma dieta louca, eternamente insatisfeita com meu corpo, comigo.
Afinal, quem ia querer uma gorda, mãe "solteira"?
Continuando, ontem não consegui terminar. Hoje ainda congelante aqui no sul e bora lá!
Dos 12 aos 18, 19 anos foi uma sucessão de fracassos em dietas, desde a clássica e inútil dieta da lua até as mais esdrúxulas que vocês possam imaginar. Nesse período porém, eu era bem ativa, fazia academia, praticava esportes, fazia caminhada. Tudo com pensamento de emagrecer e finalmente ser bonita. Naquela época eu nem me dava por conta no benefício pra minha saúde que não ser sedentária me traria. Fora os problemas de garganta e alergias, eu não tinha nada. Era super saudável. Dessa época, lembro também de já ter dificuldades de encontrar roupas legais no meu tamanho.. na época 44! Essa numeração nos anos 90 era só coisa de "velha", sem graça, sem corte. Cores apagadas e feias.
Acumulavam também as decepções amorosas. Porque entre o rei a e rainha da escola, não caberia uma gorda engraçada. Na escola, eu era a com as melhores notas. Talvez por isso não sofri tanto bullying. Sofri algum, mas não todos os dias. Tinha dias bons, principalmente em época de provas e trabalhos, onde todos disputavam sentar perto de mim, pra colar ou receber cola. Não lembro de fazer grandes esforços pra estudar. Nunca soube estudar. As boas notas eram naturais na época, mas eu sabia que eram essenciais pra que eu não virasse alvo constante das piadas, afinal, no meu tempo, ou você era a mais bonita ou era a mais inteligente e ser inteligente, como eu disse, era uma espécie de "passe livre".
Entre os 12 e os 18 o que foi mais difícil mesmo foi ser deixada de lado pelo sexo oposto. Todas experimentando o primeiro beijo e eu amargava a solidão escondida atrás da máscara de gorda engraçada amigona de todos. Nem sei quantas noites passei chorando abraçada no travesseiro... Quantas pensamentos suicidas... Autodepreciativos, nocivos, sombrios. Foi aí que surgiram os primeiros pensamentos sobre morrer. Veja, a noção de que morrer não pode ser pior do que aquilo que estamos passando é muito triste. É mais triste ainda quando se é tão novo, como eu era na época. Mas essa parte mais sombria da minha história prefiro não narrar pra vocês. Não acho que possa acrescentar grandes coisas.
Entre os 19 e 21 anos é que eu passei a experimentar o que todas minhas amigas haviam experimentado anos antes: o interesse dos meninos. Foi um período conturbado. Eu saí de casa de uma forma nada amigável. Passei trabalho, dormi na rua. Aprendi a beber pra afogar as tristezas e rir mais. Em função disso, passei durante um tempo vivendo com pouco mais que uma refeição ao dia, o que me fez perder um pouco de peso e ficar ali na casa dos 75 a 80 kg. Nesse época, e por tantas outras épocas o fantasma dos 100kg me assombrava. Cansei de ouvir em tom de reprovação, qualquer coisa que eu comia, gritos de "tu vai explodir, daqui a pouco tá com 100kg e não tem mais volta". Aquilo esteve muito tempo comigo. Essa idéia de "não ter mais volta" é bem cruel.
Chegar aos 100kg com 22 anos, grávida, mãe "solteira"... Foi um período terrível. Depois que meu filho nasceu, ver meu corpo mudar ainda mais, me deixou triste, uma vez que no período anterior, dos 19 aos 21, eu recém havia começado a ver um rapaz ou outro interessado em mim e ver minha barriga que antes era reta e lisa com estrias e flácida... mexeu muito comigo. Sim, eu tinha o corpo que hoje e gente vê nas modelos plus size curvy. Mas na minha cabeça, e no espelho, eu me via com 200kg e muito disforme por tudo aquilo que sempre ouvi... aliás, de tanto ouvir, eu absorvi. Depois dos 22, em meio às responsabilidades de ser mãe solo e depender financeiramente dos meus pais ainda, eu volta e meia entrava em uma dieta louca, eternamente insatisfeita com meu corpo, comigo.
Afinal, quem ia querer uma gorda, mãe "solteira"?
Foram anos duros. Até eu conhecer meu ainda hoje marido... Eu me depreciava o tempo todo! Era péssimo! Pensamentos sombrios, dúvidas, medos. Ódio mortal por eu ser quem eu era, ter aquele corpo e aquele rosto. Por que ao menos Deus não me deu cabelos bonitos, eu pensava. Nem o cabelo salvou, murmurava. Nada em mim presta, eu acreditava.
Mas então, através de amigos em comum, eu conheci o Valentim. O cara que mudou a minha vida. Ele deu o pontapé, eu decidi SEGUIR! Ele me ajudou, aos poucos ver que eu era bonita exatamente do jeitinho que eu era. Naquela época, com 20 e tantos anos eu ainda estava enfiada numa dieta maluca: tomava anfetamina, o que me fazia ficar elétrica, com taquicardia, e caminhar por cerca de duas horas e mais duas de academia. Em 15 dias eu havia perdido 14kg! No total, foram quase 30kg eliminados. Eu saí dos 3 dígitos, porém vivia com a boca seca, irritada, sem dormir, acelerada. Fazia mal pra mim, não tinha paciência com meu filho pequeno.
Quando conheci meu marido e ele soube o que eu estava usando, aos poucos me convenceu a parar. De tomar o veneno e de contar calorias. Com muito jeitinho e paciência, ele foi fazendo eu entender que não precisava daquilo pra me amar e pra ser amada, o que naquela altura já havia acontecido: o primeiro homem que realmente tinha sentimentos por mim. Carinho, cuidado.. eu nunca tinha vivido aquilo antes. E em função disso que decidi parar de tomar remédio. Fui curtir meu namorado! O primeiro sério em 20 e tantos anos! :D
O primeiro homem que realmente me respeitou, que não abusou de mim, do meu emocional. Que me amou do jeito que eu era.
Continuando na terceira parte da saga hahaha..
Enfim, depois desse empurrão inicial eu fiquei por minha conta. Percebi que não importava o quanto ele ou qualquer outra pessoa me jurasse de pé juntos que eu não era feia por ser gorda, que eu tinha meu valor, aliás que eu tinha tanto valor quanto qualquer outra pessoa. Eu sabia que eu tinha que fazer acender essa chama dentro de mim. Aprender a me ver com mais carinho e menos crítica. Já bastava as mais de duas décadas de ódio e depreciação. Então, com base nesse pensamento... que eu passei a ter esse olhar menos crítico, passei a relaxar um pouco mais, diminuir a autocrítica e PRINCIPALMENTE PARAR DE ME COMPARAR COM AS OUTRAS PESSOAS! Anos depois ouvi aquele ditado "a comparação é o ladrão de felicidade" e isso nunca fez tanto sentido. Claro, lógico que tudo isso não foi da noite pro dia.. foram passos lentos, as vezes não tão firmes. Mas o importante é que eu não voltei atrás. Fiquei parada por um tempo em algum estágio desse processo? Com certeza! Mas não voltei pra trás!
E por mais que as vezes bata uma deprê, seguir adiante é PRECISO!
Depois desse processo inicial, quando eu já sabia do meu valor, comecei a sentir um certo incomodo.. no início não sabia ao certo o que era, mas com o tempo descobri que era a necessidade de me sentir representada. E nisso há pouco mais de 2 anos eu comecei com o presente Blog! ;) Ir à luta era preciso! :D
Como eu disse, e vou repetir agora: sim, as vezes eu tenho neuras. Sim, não estou 100 desconstruída. Ainda tenho paranóia com a minha barriga por exemplo, não por ser grande, mas por ser "caída" (avental). Porém, eu não fico louca com isso sabe? Não fico me remoendo, não fico pirada, não me tranco em casa me odiando. É tipo: FODA-SE, é a barriga que eu tenho! Ou me acostumo ou surto! Não preciso amar, mas não vou odiar de morte, entende? Tipo isso. É assim que funciona comigo.
Se me acho bonita? Em algumas ocasiões sim. No geral NÃO.
Já conversei na fanpage sobre isso. Hoje eu percebo, num conceito bem pessoal, que não preciso necessariamente me achar bonita pra ter autoestima. Eu não me acho bonita, mas sim, tenho autoestima lá em cima. Se é um mecanismo de defesa? Já pensei muito sobre isso e acho que realmente não é. Acho a beleza superestimada pra caramba. Pra mim não faz sentido só poder me amar se eu me achar bonita. Quer dizer que se eu me acho feia eu não posso ter amor próprio? Pra mim uma coisa não tem a ver com a outra.
Ufaaa! Acho que em resumo essa era a relação que eu tinha com meu corpo. E mais ao fim do texto agora vocês conseguem perceber a relação que eu tenho hoje com ele.
Não tenho nem como postar fotos antigas. Correr das fotos sempre foi um efeito do ódio que tinha pela minha imagem. Quem me vê hoje em dia nem acredita né? Lembro que essa coisa de não tirar fotos era só UMA entre tantas coisas que eu perdia de fazer. Acredita que eu não pintava o cabelo colorido, nem fazia tatuagem porque achava que ia ficar feio por eu ser gorda? Olha que bobagem!
O que eu aprendi disso tudo? A vida é curta e eu não vou gastar tempo me odiando! Vou me amar do jeito que sou, afinal, posso tentar mudar se for de meu interesse, não? Caso contrário, vou viver e vou fazer cada dia meu melhor, por mim, pra mim e por quem vive comigo e não merece uma mulher se odiando e maldizendo o dia todo!
Bate uma deprê mais forte? Vou mudar o cabelo, o corte, o tom, compro uma roupa nova, treino uma maquiagem maneira, compro um batom novo. Saio, tomo um ar. Ou choro pra caramba, até dormir. Acordo aliviada e sigo! o/
A vida é isso! E não é a gente que decide o que fazer com ela? É! ENTÃO BORA!
Espero que essa escrita sirva de alguma coisa pra alguém! <3
EDIT: E SIM, CONTINUO SAUDÁVEL! Minha gordura nunca fez eu ser portadora de nenhuma doença sequer!
Abaixo deixo vocês com algumas imagens das várias fases do Blog.. a partir de 2016 :)
2016
2016
2018
2017
2017
Trabalho pra marca Gorda Sim
ERA ISSO, BEIJOS E ATÉ A PRÓXIMA! :*
Vanessa, Vanessa...
ResponderExcluirLi e reli teu texto. Me identifiquei muito com ele, menos a parte do filho (claro, pq não tenho né).
Mas sabe, tbm desde pequena fui gorda. Gordinha. Fofinha. Grandinha. Maior que as outras. Sofri muito com isso. Naquela época não existia "bullying" e eu, como boa leonina que sou, resolvia tudo na porrada, gritaria e socos. Minha mãe cansou de ser chamada no colégio. Não adiantava nada. No próximo xingamento, estava a Elisa de novo na sala de direção porque tinha rasgado a camiseta do colega ou dado um chute do joelho do babaca.
Enfim, a parte que mais me chamou a atenção foi: Por que a sociedade, as pessoas, a nossa família, os nossos 'amigos' acreditam que temos de ser ou estar magras PARA OS OUTROS? Ou para ALGUMA COISA?
- Se for gorda, não vai namorar
- Se for gorda, não vai arrumar emprego bom
- Se for gorda, não vai ser saudável
- Se for gorda, etc etc etc
PQP! As próprias pessoas que são próximas de nós não nos aceitam! Como poderia ser fácil lidar com o resto da sociedade? Como se gordo fosse defeito, ou fosse doença, ou fosse sei lá o que!
Acredito que as coisas, os pensamentos, os atos só mudem depois que a MÍDIA mudar. Pois a mídia é responsável por 98% da manipulação cerebral das pessoas em geral.
Ah, apareceu na TV e na internet, é verdade, vamos fazer. Ah, fulana está magra (não se dão conta dos retoques digitais) está linda, perfeita. Mesmo que esteja doente e morrendo (como o caso da Nara).
Bom, infelizmente temos muito o que evoluir.
Adorei teu post. <3
Obrigada, sua querida! tua cara mesmo fofa e brigona HAHAHA <3 Obrigada por comentar e por tudo! ^^
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