domingo, 29 de novembro de 2015

Look do dia: blusa bacana mais saia


Oi, gurias


Então, ontem foi dia de dar um passeio na casa de amigos queridos. Tomar uma taça de vinho e conversar. 

Pra isso, como refresca um pouco a noite aqui na minha cidade, resolvi usar a saia longa (sim, de novo) que comprei por último. A mesma do post com a blusa verde da INOVE.


Mas o que chamou atenção das pessoas na rua mesmo, foi meu batom azul hahahaha.. Mas é aquela coisa né, to numa fase da vida que uso que eu gosto e não o que vai agradar os outros. Se eu gosto e me sinto bem, é isso que vou usar e pronto. Sendo gorda ou não, sendo tendência ou não.. Eu tenho que agradar só a mim mesma S2


Sem mais delongas, a blusa é da CHICA BOLACHA, coleção do inverno passado. A estampa é com nomes consagrados da cena pós punk oitentista, coisa que eu nem gosto quase né hahahaha #GothicFeelings #GothicGirl #GothicChic

Fotos, então:





                                             Batom combinandinho com o esmalte? Hoje NÃO!




 Como o look é quase todo preto, optei por ter dois pontos de cor: o batom e o esmalte. O batom é azul da marca "Pretty Zombie Cosmetics" e o esmalte é um lindo da linha da Preta Gil, cor "mulher carioca". E não vi necessidade deles estarem combinando. :) A moda hoje em dia é democrática até nisso!




          Será que tinha muito vendo DE NOVO aqui? :P

terça-feira, 24 de novembro de 2015

#EscutaModaPlus: 5 peças de roupa que eu quero ver do meu tamanho já!



Oi, gurias!

Então, essa é uma blogagem coletiva do movimento #EscutaModaPlus, que foi uma iniciativa da querida Babu Carreira, do "Bolsa amarela da Babu" e conta hoje com a ajuda de algumas blogueiras e não blogueiras também, que usam a tag #EscutaModaPlus, como forma de tentar chamar a atenção da indústria da moda plus size sobre as melhorias que nós, mulheres maiores, merecemos e esperamos.

Sem demagogia, sem marketing blogueiro, simplesmente expressando sua opinião real sobre algo que percebemos há muito tempo: a moda plus size deixa MUITO a desejar aqui no Brasil. Percebemos que as americanas, por exemplo, parecem estar há anos luz na nossa frente, no sentido de terem mais opções de marcas, de tamanhos, de qualidade e possivelmente até preço. E que também tem acesso quase instantâneo àquela tendência bacana que aqui chega umas 3 ou 4 estações depois. Enfim, É BEM COMPLICADO. Vejam a idéia da Babu, nesse vídeo super coerente e honesto!



Vou listar 5 itens que acredito que precisam, realmente, de uma maior atenção da indústria da moda plus. São peças que merecemos ver em tamanhos maiores e tamanhos maiores generosos! Eu sou uma mulher obesa, que pesa muito mais de 100kg, que usa manequim por volta do 58 e eu NÃO VOU desistir de ser ouvida! Quero peças estilosas SIM! Gosto de andar bem vestida sim! (Da minha parte, aliás, há um bom tempo venho batendo nessa tecla dos tamanhos. Existem uma certa variedade de itens, mas todos até um 54 pequeno. :( )

Se liga aqui embaixo e no final deixa teu recadinho ;)
Vamos lá!

1 - Roupas de tecidos com ar mais sofisticados e sem estamparia da "vovó"

Gentchy! Chega de viscolycra e malha! Chega de roupa que cria bolinha no primeiro uso, que não tem caimento ALGUM, e que mesmo assim, insistem em cobrar o olho da cara por uma peça assim!!
Ou é isso ou aquelas araras VIRADAS em estamparias horrorosas! Túnicas sem acabamento, sem bom corte! PELOAMORDEDELS! #EscutaModaPlus!!! 
Queremos tecidos com ar sofisticado e moderno, com bom caimento, que deixa qualquer peça cheia de estilo! O tecido bonito é o primeiro passo! Veja o exemplo desses looks!


                                                      essa blogueira francesa ARRASA!


2 - Meias calças realmente grandes: com cores e desenhos variados

Nada pior do que procurar meias e dar de cara quase sempre com aquela meia cor da pele que mal pára no seu bumbum né! E que rasga na primeira puxada mais forte! Não, isso não!
Como somos estilosas (Obrigada, de nada) gostamos e queremos variedade nas meias pra montar nossos looks dyvos! Cores... Padronagem diferente, pra fugir da meia lisa!

                                                                          Cor!!

                                                        Por que não em tamanho grande? ;)

3 - Roupa íntima de qualidade e bonita: principalmente sutiãs! 

Tá, agora falo por todas as peitudas desse Brasil: parem de fabricar só preto, branco e bege! Chega de pagar um monte de dinheiro por uma peça mal feita, mal acabada, com alças finas e lateral mais fina ainda, em um tecido que não transmite nada de segurança, nada de firmeza, nada sexy!

Lingerie forte mas bonita É POSSÍVEL SIM! E quando eu digo bonita não necessariamente encher de rendas estranhas e que irritam a pele. Não necessariamente! Na lingerie também, menos é mais. As vezes um detalhe já diferencia e embeleza toda a peça! E por favor, lingerie maior que 54, ok?

                                                                 Reforçado, sim ou claro? :D
                                                               Sexy sem kilos de rendas
                                                                               Cor!
                                                     Forte e bonito pra te deixar mais confiante!
                                                      Óh, um detalhe fazendo a diferença hein? Que tal?


4 - Leggings: se for pra usar, que sejam estilosas :3

Legging ou são pretas ou são do tipo que tu identifica a pessoa a 10 quadras de distância. Pare, indústria plus. Apenas pare. Estampas podem funcionar a nosso favor, desde que sejam bonitas e modernas e que não sejam uma bagunça visual de cores fortes e padronagem pior ainda. Sacou? Veja!




                                            pretinha, mas em um tecido bacana ! diferencial, né?

5 - Saias midi   *-*

Muitos tecidos legais: tule, plissado, com transparência, de cor lisa, com estampa, jeans... Muita saia midi linda de viver, feitas até TAMANHOS GRANDES DE VERDADE, da pretinha básica até as cores vivas S2, pra morrer de amor MESMO! Saia midi é o estilo em forma de roupa! E já ficou mais que provado que essa bobagem de que baixinha e gordinha não pode usar.. PODE SIM!







Na minha opinião seriam esses itens!
Mas tem mais, muito mais pra mudar!!

Deixa teu comentário! E vai lá no nossa página do face! https://www.facebook.com/guriaBacontente/
pra dar um oi! ;)


sábado, 21 de novembro de 2015

Look do dia: jeans destroyed e t-shirt bacanérrima! Se joga!


Oi, gurias!

Como eu havia comentado, hoje eu iria apresentar um dos meus jeans rasgadinhos por mim. Optei pela calça clara mesmo, vou deixar a pretinha pra outra ocasião. ;)

Quebrando a regrinha de que jeans pra gorda só se for escuro, resolvi aproveitar a bela tarde de sol aqui no sul, apesar de estar bem friozinho na minha cidade heheheh, pra passear um pouco. Caminhar no meu bairro mesmo e mostrar o look pra vocês.

Bem casual, com tênis de oncinha que comprei online na loja +Kanui, no final deixo o link dele pra vocês ou com uma outra opção: sapato! Sim, um mundo de possibilidades :P

A t-shirt é de um dos meus filmes preferidos: O fabuloso destino de Amelie Poulain. Um filme francês e lindo demais! Era uma regatinha, mas como eu não curto regatas eu pedi pra minha costureira colocar manguinhas em renda, e ela fez e ficou mara ! Não deu pra tirar fotos sem o casaquinho porque tava muito friozinho MESMO. Mas só pra vocês ficarem sabendo que com um pouco de imaginação e uma boa costureira, a gente consegue deixar as peças com a nossa cara, quase sempre! <3

Bem, vamos as duas versões então, com tênis e sapatinho divo. No final eu conto o que usei, já adiantando que comprei uma base da Maybelline chamada Super Stay 24, que garante ser resistente a suor, calor e etc. Na pele ela ficou ótima, super mate e até agora tá ok, mas como hoje tá frio.. não sei bem se ela cumpre o que promete, mas to rezando pra que cumpra pois eu suo demais no verão.. é totalmente lamentável o quanto eu suo no rosto :(
E o batom também é novo, batom líquido efeito matte da +PAYOT, dyvo demais demais..
Fotos então:



                                                             aqui já com o sapato





quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Jeans destroyed feito em casa: vem!


Oi, gurias!

Bom agora vai ser meio rápida a coisa. Atendendo a pedidos então vou dividir com vocês meu jeito de fazer a calça destroyed, ou seja, aquele jeans rasgado que tá super em alta no  momento, e que deixa o visual mega moderno!


 Eu uso esse estilo já tem um bom tempo, já que lá na minha adolescência descobri o rock n roll e o heavy metal hehehehe.. Mas como é tendência você não precisa ser da tribo do rock pra usar, então se você curtiu, se joga com segurança porque não tem peso nem idade pra isso! Como eu sempre digo, tendência como o próprio nome já diz é TENDÊNCIA, não é de uso obrigatório! Como eu repito exaustivamente: usa o que te faz sentir bem, seja TENDÊNCIA ou não! ;)

Mas voltando na adolescência, é meio que comum na tribo do rock a gente acabar tendo que se virar a fazer as nossas próprias peças de roupas, digo, adaptá-las ao nosso gosto pessoal, o famoso "do it yourself" ou "faça você mesmo". Há uns 2 verões que comecei customizar shorts e coletes jeans. Acabei fazendo até pra vender. Comprei material, tachinhas, tintas bacanas, e nesse meio tempo aprendi a desfiar de um jeito que eu considerei mais fácil.
Antes eu usava o estilete e no barrado ia desfiando fio a fio. Só que o estilete NA MINHA OPINIÃO produz aquele corte mais reto e menos desfiado, e aquele não é o que eu gosto. Mesmo porque, o objetivo do destroyed é passar a ideia de que o jeans foi muito usado. Pra mim até mais uma questão de estilo do que tendência. Enfim. 

1 - Eu aprendi a desfiar com faca de serrinha! É só vestir a calça e marcar com giz ou lápis o lugar mais ou menos onde quer que fique os rasgadinhos. Depois tira a calça e coloca por dentro um superfície dura, tipo um papelão grosso por exemplo, porque se não quando tu for passar a faca vai cortar do outro lado hehehe... Daí vai do gosto, se tu passar a faca com mais vontade vai rasgar o jeans, mas fica com os desfiados igual, que como eu disse, com estilete não fica tanto assim. Se tu quer apenas aquele mais puído, sem rasgar todo é só passar a faca mais de leve.

2 - Eu tinha uma calça preta reta sem graça e usada. Peguei ela

domingo, 15 de novembro de 2015

Look do dia: passeio no rock pub



Oi, girls!

Já sinalizei na página ontem meu look, aqui dou maiores detalhes então.

Ontem foi um look all black, com make um pouco mais pesada. É o meu estilo pessoal, mas NÃO É o que eu uso no dia a dia. No cotidiano eu levo alguns elementos desse meu estilo mais alternativo, por exemplo, uso muito preto porque é sem dúvida minha cor preferida, alguns acessórios, spikes e correntes, brincos mais pesados.. um batom escuro, sempre o lápis no olho.. e por aí vai.
Misturo esse meu gosto gótico pessoal com outros tipos de roupas que eu curto e em todas as ocasiões acabo levando meu estilo, nem que seja nos pequenos detalhes. :)

Infelizmente, não poderia entrar toda montada assim no Fórum, por exemplo. Eu acho uma bobagem, porque a roupa não define o caráter nem a competência de uma pessoa. MAS, as coisas são assim, não podemos negar que a maioria das pessoas te julga pela aparência.

Atualmente,
vemos celebridades adotando vez ou outra o estilo rocker ou gótico. Acabou se popularizando, digamos assim. Nomes como Katy Perry e Rihanna volta e meia estão desfilando seus looks goth chiques por aí!







Então, se você, mesmo não sendo gótica curte, acha bonito essa pegada mais dark, se joga que não tem problema!  ;) Vem sentir o poder de um batom mais escuro e de um look pretinho básico! Hahahahahaha.. (risos maléficos)

Meu look e no final eu conto o que usei:




sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Por que eu saí e por que eu voltei?

Oi, gurias! (Esse mesmo conteúdo lá na página também, ok?)

Eu tinha uma página voltada para o público plus size. "DIVAS PLUS SIZE", a qual hoje apenas mantenho online, mas não está mais ativa, posto apenas os conteúdos do meu Blog ponto final. Em menos de 1 ano eu fui vendo, lendo, percebendo coisas que eu não gostei.. fui ficando triste e desiludida com esse meio que chamam de "plus size". É um jogo de egos, um disse me disse, pessoas ao invés de se ajudarem se excluindo mutuamente, fofocas. E o principal: a padronização das modelos e blogueiras ditas de sucesso. Um universo que supostamente deveria ser unido contra a padronização de corpos, unido a favor da descontinuidade de qualquer parâmetro OPRESSOR sobre o corpo feminino.. Acabou por criar vários outros parâmetros tão cruéis quanto. Eu seguia algumas blogueiras naquele tempo. As duas de maior sucesso, inclusive. A maior delas deixei de seguir pois percebi que a luta que ela dizia promover nada mais havia se tornado do que PURO marketing. E uma luta estritamente localizada as mulheres que vestiam no máximo tamanho 50. Quem promove vestuário até esse tamanho pra mim não serve, não me representa. Daí parei. Nunca mais soube da fulana.
A segunda blogueira foi numa bela noite, depois de chegar da faculdade cansada que li uma postagem onde ela contava que havia tomado uma decisão. Contava que entraria em uma dieta pois precisava emagrecer pra elevar a autoestima (COM ESSAS PALAVRAS)??? Coerência mandou lembranças. Na ocasião algumas meninas ficaram muito chateadas e descurtiram a página da moça. Eu fui uma delas. Algumas postagens mais tarde, parece q ela publicou um texto sobre "ser uma farsa", não sei, não li. Cada um é livre enfim, pra seguir quem quiser na internet. Assim como eu respeito as seguidoras dessas pessoas, espero que respeitem também a minha posição sobre esse assunto.
Mas como eu ia dizendo, heheheh.. Tenho andado triste e desmotivada nos últimos dias novamente. Porque eu saí do mundo das páginas e blogs, e modelos.. e voltei agora com esse meu Blog pessoal e parece que as coisas ainda não mudaram. Percebo que poucas pessoas se comprometem mesmo com a ideia de MUDANÇA, despadronização, etc etc.. E essas pessoas não tem o EGO MAIOR QUE O CORPO. São comprometidas de FATO com o público, com a libertação desse sistema de opressão estética e não com marketing e likes!
Sim, os likes, o alcance é NECESSÁRIO.. Quanto mais likes mais somos ouvidas/lidas. Mas o porém é se perguntar o que tu faz com os likes que tu ganha? O que tu faz com o espaço que tu tem?
Tu usa apenas pra autopromoção ou tu te ocupa também em fazer diferença nessa sociedade tão cruel com quem não é rico/branco/magro?
Sim, somos livres sobre isso também. Cada um tem o direito de fazer o que quiser no espaço que tem. Mas um pouquinho de EMPATIA e de SIMPATIA não faz mal a ninguém! O que a gente leva desse mundo quando chegar nossa hora? Não é nosso ego, certamente! Emoticon wink
Não adianta querer o empoderamento gordo se for pra ser empoderado sozinho ou num grupinho. A mudança precisa vir pra todos! SÓ ASSIM VEM COM FORÇA!
As vezes, por exemplo, me manifesto.. comento, envio alguma colaboração pras páginas e/ou blogs e vejo que respondem todas pessoas. Menos a mim. Eu tento fazer a diferença, pelo menos um pouquinho, seja num comentário, numa ideia.. num elogio.. É custoso ter o mínimo de educação e responder? E isso é só um exemplo! Voltei há pouco mais de 4 meses pra esse mundo plus e as mesmas coisas, e círculos e panelinhas e falta de cordialidade e educação continuam acontecendo, a despeito do que é VERDADEIRAMENTE importante!
Desculpe, mas se uma pessoa, quem quer que seja, é interesseira e egocêntrica pra mim não serve. Não me representa! Lucrar financeiramente fazendo o que gosta É MUITO BOM, aliás, imagino que seja.. pois eu não ganho nada aqui pra expor minhas singelas ideias. Não vamos ser hipócritas e dizer que não gostamos de ganhar dinheiro, nem de ficar sob os holofotes.. fazer sucesso, ter reconhecimento. NÃO É ISSO QUE EU ESTOU DIZENDO. Me posiciono contra a quem BUSCA APENAS ISSO, a quem deixa o pouco sucesso que tem subir a cabeça, a quem trata de forma diferenciada determinadas pessoas pois estas podem lhe ser lucrativas e que mostra o verdadeiro eu quando tem oportunidade.. Na surdina, escondida.
Não gosto disso. O que vai ler e ver aqui de mim é o que as pessoas que convivem comigo veem todos os dias. Apesar de ser uma mulher obesa, eu não tenho espaço dentro de mim pra duas personalidades! Emoticon wink Nem admiro quem tenha essa necessidade de parecer fofinha quando convém e ser má logo em seguida por puro prazer.
Vejo muita menina linda que é muito feia por dentro, nesses blogs. Ou o meu padrão de beleza interior é que é muito alto?
Não sei, mas prefiro confiar nos meus parâmetros morais, pois até hoje não precisei diminuir ninguém pra buscar o que eu quero.
E como eu disse outro dia, já me comentaram inúmeras vezes que eu sorrio pouco. Que eu não passo simpatia. Pra isso respondo com duas situações: se alguém que JÁ VEIO falar comigo ao vivo ou inbox e foi maltratado ou achou que eu estava sendo falsa, pode comentar aqui embaixo.
Segundo: eu não sorrio pouco não. Eu tenho meus dias, como qualquer outro ser humano tem. Eu não vou sorrir pra agradar mais do que eu já preciso fazer no cotidiano porque eu acredito que devemos ser minimamente cordiais com as pessoas. Então sim, eu sorrio pro motorista do ônibus, pra caixa do supermercado, pra vovó na fila da farmácia, pra diretora da escola do meu filho. Sorrio sim, mesmo estando as pedaços por dentro, algumas vezes.
O que eu não faço é gargalhar sem vontade, rir loucamente pra passar descontração. Me preocupo no fundo, em passar honestidade primeiro. A gargalhada é consequência. Minhas poucas amigas sabem disso. Minha melhor amiga, TEM CERTEZA disso. Sou inclusive, uma piadista e imitadora de mão cheia Emoticon smile
Enfim, esse é um desabafo pra explicar porque eu saí e pra dizer que eu voltei porque continuava dentro de mim a necessidade de lutar de alguma forma pela autoestima da mulher gorda. Não me sentiria bem comigo cheia de amor próprio e ao olhar pro lado ver tanta mulher maravilhosa cheia de dúvida e desgosto com o próprio corpo porque não não é igual ao corpo da modelo do desfile ou da mocinha da novela. Pra dizer que a vida inteira me incomodou o fato de eu não poder ser quem eu era porque eu pesava mais que as amiguinhas de escola. Não entendia por que eu era "menos" por isso. Por que a piadinha? Por que a falta de autoestima? Voltei pra dizer que ISSO TÁ ERRADO e não precisa ser assim se você não quiser! Emoticon heart
Se falta amor no coração de quem pratica bullying, que não falte amor próprio no SEU CORAÇÃO, na sua VIDA! É por isso que eu voltei. Por isso, que eu na casa dos 30, obesa, com traços fortes, com olho castanho e nariz de batatinha voltei. Pra mostrar que a mulher comum também pode ter voz, ter vez e fazer a diferença.
Que é lindo uma gorda com rosto de boneca, que é pra se admirar SIM. Mas que eu também posso ser admirada, talvez não pelo meu rosto, mas então que seja pelo meu engajamento, pelas minhas ideias e pela minha boa vontade.
Desculpe o desabafo. ERA ISSO. Mais amor pela causa e menos mimimi de egos. Tu morre e o que fica são tuas ideias, o que tu representou em vida.
Vanessa Sioux.


quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Um olhar sobre o preconceito: terceira parte, final


3 – Para além das aparências


        Nessa parte final, é prudente reforçar os conceitos de liberdade e respeito que tentamos evidenciar ao longo do texto. Não se tenta vender aqui a ideia de que devemos todos ser gordos. Tampouco a ideia de que só pessoas gordas são belas, e que todas são saudáveis. Não se vende aqui a falácia de que não devemos priorizar a saúde, de que é melhor optar por fast food.
       Em verdade, aponta-se nesse texto em duas direções, dentro dos conceitos de liberdade e respeito pelo próximo: a necessidade de se RESPEITAR a liberdade que cada indivíduo tem de ser quem é.
       Com base nisso, é imperativo lembrar que uma pessoa gorda só vai querer buscar por dietas e afins no momento que ela não estiver se sentindo confortável com o corpo que tem. E o segundo ponto sobre isso é que, é mais IMPRESCINDÍVEL AINDA, lembrar que o que choca as pessoas, em sua maioria, é a ideia de que, pessoas gordas, podem sentir-se confortáveis com seus corpos, se sentirem felizes e se acharem belas, tanto quanto as pessoas magras.  O magro é feliz, o gordo também pode ser. É simples.
         A desconstrução do padrão estético vigente se faz necessária, na medida em que vivemos em um mundo plural e muito grande, onde há por certo, espaço para todos. Sem necessidade do veneno que é o preconceito. Veneno este que mata a sociedade de dentro para fora e lança marcas indeléveis na vida das pessoas que por ele são atingidas.



Ilustração que pertence ao http://fatwonderwoman.blogspot.com.br/


FIM DA TERCEIRA PARTE

Espero que tenham gostado, espero que o mínimo de pessoas tenham empatia pelo que foi expresso no texto. Aliás, mais empatia, menos preconceito! :**

Espero vocês no https://www.facebook.com/guriaBacontente/ ou deixem recadinho aqui! Beijos!

Um olhar sobre o preconceito: segunda parte


2 - Gordofobia: um olhar sobre o cotidiano de mulheres comuns

          Para melhor demonstrar a problemática acerca da gordofobia, conversamos com algumas mulheres sobre o assunto. Como será que elas se posicionam diante desse tema delicado? Como isso as afeta?
         Karen é pedagoga, tem 35 anos e uma vaidade que salta aos olhos. Ela não acha complicada sua identificação enquanto mulher gorda. É gorda e se assume assim, sem maiores problemas. No entanto, em que pese a sua aceitação pessoal, a pedagoga conta que já foi alvo de preconceito em função do peso. “Tenho uma colega, funcionária da escola que trabalho que comentou com outras colegas que eu devia ser ‘mal amada e solteirona’ por ser gorda”, relata.
             Na contramão dos comentários maldosos, Karen diz que apesar de haver certo impacto na autoestima, aprendeu a lidar com esse tipo de situação. “Não quer dizer que eu aceite, e nem que me acomode com essas situações, mas sei que não irei ‘mudar o mundo’ e nem agradar a todos! Sou feliz assim e não mudarei meu jeito ou meu estilo por causa do que os outros pensam ou dizem de mim”, dispara. “Da minha vida e realidade quem sabe sou eu”, afirma a pedagoga com grande convicção.
             Outro ponto defendido por ela diz respeito à falta de espaço que o tópico gordofobia encontra fora de seus círculos próprios, uma vez que, segundo ela, o assunto se restringe entre as pessoas gordas porque “ainda existe a visão de que se é gordo porque quer, ou porque se é infeliz e doente”, o que acredita não ser verdade. Mas nada tira mais a paciência da pedagoga do que quando escuta a máxima: “Tu és tão bonita de rosto, porque não emagrece?” Sobre isso, ela só tem um recado para dar: “Não me acho feia de corpo porque sou gorda!”. Sem sombra de dúvidas que se trata de uma mulher forte e cheia de atitude, bonita por dentro e por fora.
             
             Karen, para o projeto “Forma Fofa Day” que busca valorizar as belas formas da mulher plus size.

          A psicóloga Lisa Vecchia, 28 anos, também é muito bem resolvida com a saúde, espelho, vida social, pessoal... No entanto, em algum momento, já enfrentou a ira alheia sobre o seu corpo. Sobre isso, afirma que a identificação dela enquanto uma mulher gorda não é algo complicado. “É só mais um de muitos adjetivos”, complementa.
        “Uma vez fui comprar um presente pra minha mãe e a vendedora ficou horrorizada, disse que além de não servir, ficaria feio... Eu agradeci a dica e segui escolhendo e a vi de risinho com outra vendedora”. Mas que nada, a guria de personalidade forte não se deixa arrasar e rebate, com classe, o comportamento preconceituoso dessas pessoas quando diz: “Eu entendi que as aparências funcionam como um filtro. Se a pessoa não quer se relacionar comigo porque eu sou gorda, isso provavelmente diz mais sobre ela do que sobre mim. E se não fosse o peso seriam as tatuagens, o piercing, os olhos castanhos... Etc. As pessoas vivem inventando desculpas pra se defenderem umas das outras”.
       Como tudo tem exceção, Lisa, que é muito tranquila com essas questões, como podemos perceber, sai do sério quando escuta...? “Que eu seria linda se emagrecesse. Ou quando vem me dar dicas de dieta... Porque né, ser gordo é tão ruim que, obviamente, eu quero emagrecer. Outra coisa é a cara das pessoas quando conto que sou vegetariana e prático yôga... Tem gente que parece que viu um fantasma! Hahahahahah Do tipo: é gorda, como pode ter uma vida normal?”.
           Um parêntese. Fora a questão da gordofobia, é evidente a dificuldade que se tem em encontrar peças de roupa, acessórios e calçados para mulheres maiores. Queixa comum de Karen e Lisa, a falta de opções de botas, com canos mais largos, por exemplo, incomoda as consumidoras gordinhas. Cintos grandes e roupas com aspecto jovial e descolado, ainda não são achados fáceis acima do manequim 48/50. (Para isso leia mais: http://guriabacontente.blogspot.com.br/2015/06/humor-possiveis-motivos-para-que.html)
         Ainda sobre a psicóloga e guria bacontente consigo mesma Lisa, vamos a um recado final dela para os gordofóbicos!
      “Quando se é preconceituoso, se dedica tempo e energia pra minguar a felicidade alheia, porque a alegria dos outros ofende o meu modo de vida... ‘Oh, um [gay, gordo, velho, negro, nordestino, manco, branco, alien...]! Ele todo ali serelepe e Faceiro... Vou perseguir ele pra fazer com que ele se sinta culpado por ser feliz sendo uma aberração... Haha! Vou fazer ele se sentir mal!’ Sério? Já conheceu alguém feliz, bem resolvido e ocupado que se dedicasse a estragar a alegria alheia...? Nem eu. Então repito: se a pessoa tem problemas comigo isso diz mais sobre ela do que sobre mim...”. (Lisa).

  Lisa, no Projeto sobre mães tatuadas e orgulhosas de suas marcas da gravidez  na cidade de Rio Grande/RS.

            A nossa próxima convidada é uma guria muito decidida! Tão decidida que causou um furor nacional, quando, do alto do seu corpo plus size, resolveu participar da Festa Nacional da Uva, em Caxias do Sul! Foi coroada uma das embaixatrizes da Festa de 2014, recebeu convites de jornais, revistas, Blogs, para contar a sua história, inclusive esteve no programa da jornalista Fátima Bernardes, na TV Globo!
      Valdnéia Borges, 28 anos, professora, chegou chegando, com muita simpatia e beleza! E isso, com certeza, incomodou algumas pessoas. “Me aceito com todas as curvas extras que tenho, (...) aprendi a ser indiferente aos olhares e aos comentários preconceituosos também”, avisa logo de cara ela, que já participou de ensaio plus size para uma loja lingerie, e claro, ARRASOU!
        Valdnéia acredita que muito do preconceito ganha força quando se passa a dar atenção a esse tipo de pessoa. “Acho que quanto mais os gordinhos ficarem dando atenção a isso e não se aceitando, com certeza o preconceito irá aumentar”.
      Sobre a questão da moda plus size, a professora expõe, com convicção, o que pensa sobre o assunto. Para ela, “nós gordinhas temos que usar sacos de batata ou até mesmo andar peladas, porque a moda não ajuda, não favorece em nada”.
         Ela revela que já teve muita dificuldade em encontrar roupas que lhe agradem. Para Val, “é complicado achar uma roupa que fique bem e que me sinta bem”… E completa: “eu sou da seguinte opinião, eu me sentindo bem, não importa modelo ou cor”, além de afirmar que prefere também, ir a lojas onde possa caminhar sozinha para tentar achar o que procura.
        Para terminar a entrevista, com muita atitude e sinceridade, a Embaixatriz da Festa da Uva, prefere não deixar recado algum para as pessoas que tem preconceito. “Sinto pena, isso resume tudo”.


                              Valdnéia para a Campanha do “Outubro rosa”, de 2013.

FIM DA SEGUNDA PARTE.

Um olhar sobre o preconceito: primeira parte

1-    Gordofobia: não finja que não sabe

         Muito tem se falado, principalmente na mídia e nas redes sociais, acerca da problemática da discriminação das “minorias”, de grupos de pessoas que, por um motivo ou outro, são alvo de intolerância, desrespeito e da violência nas suas mais variadas formas, seja verbal, emocional ou física.
          Normalmente, se observarmos essa questão dos abusos discriminatórios, veremos que estes, via de regra, são articulados por pessoas que acreditam estar inseridas em um padrão de “normalidade”, se julgam privilegiadas por pertencerem a determinado círculo social: brancos, heterossexuais, boa condição econômica e... magros. Ao que parece, esse é o modelo de “perfeição” exaustivamente vendido pela mídia, sobretudo, pela televisão e revistas. (Veja que não é prudente generalizar. Uma vez que, nem todo branco, de boa aparência e rico seja um mau sujeito. Não é esse o ponto).
           Mas por que o levantamento dessa questão da pessoa magra? Porque muito se ouve falar em homofobia, racismo e até na discriminação em função de crença - precipuamente enfrentada pelos cultos afro-brasileiros - no entanto, em uma escala muito menor e mais, digamos, localizada, se escuta falar sobre a chamada “gordofobia”.
           De pronto, podemos lançar à luz uma hipótese para que assim seja tratada a intolerância em função do peso: a culpa exclusiva da pessoa por sua condição enquanto gorda. Ou seja, se está assim é porque quer, porque é relaxado, preguiçoso, não se cuida ou não tem força de vontade. Portanto, não é difícil de imaginar o porquê do movimento gordo não ter tanta atenção da mídia e, estar restrito mais entre blogueiras, grupos de ajuda nas redes sociais e fora dela, entre outros militantes da causa plus size. Muito embora, não se precise ir longe para ouvirmos relatos de discriminação: uns mais discretos, outros nem tanto.
          Podemos observar (e não, isso não é errado) heterossexuais se unindo pela causa gay, brancos defendendo negros, espíritas pregando tolerância aos umbandistas... Mas, o quanto difícil é ver um magro apoiando um gordinho? Usa-se, para tanto, o argumento da falta de saúde do corpo gordo. Em uma tentativa falha de justificar a falta de apoio, como se todos os doentes de mundo fossem obesos. De quem é a culpa pelo metabolismo diferenciado do gordo? O que é mais saudável? Comer uma pizza ou devorar três maços de cigarro por dia? Comer meia dúzia de brigadeiros em uma tarde chuvosa ou beber duas garrafas de cachaça ali na esquina?
        Na verdade, não se sabe ao certo. Não estamos inseridos na rotina e nem nos corpos uns dos outros para termos uma real noção de como vai a saúde alheia. O que sabemos é da aparência, e essa, muitas vezes, engana. Gordos nem sempre são sedentários. E magros nem sempre são ativos. O peso sim é uma questão de número. Já a saúde não. Há magros no auge de suas pontes de safena, que nunca fumaram ou beberam álcool na vida. Há gordos nas academias simplesmente porque gostam de malhar. Gordura e saúde não se excluem, automaticamente, entre si. Logo, isso não pode ser argumento para ratificar a intolerância, tampouco para fingir que a gordofobia não existe.
        O apoio da comunidade em geral seria sim de grande ajuda, como foi com o movimento gay e negro, por exemplo. Em verdade, o ideal seria o desenvolvimento de um movimento global por TOLERÂNCIA e RESPEITO com o próximo, seja ele quem for. Mas isso ainda parece utópico.
          De outra banda, cumpre destacar a questão da autoestima dessas pessoas. Como se não bastasse o bombardeio midiático, dia após dias, em um lembrar constante de que os seus corpos não são aceitáveis em um mundo onde a magreza é glamourizada nas passarelas, nos outdoors, no horário nobre da TV aberta, há o enfrentamento constante, também, das ocasiões onde o preconceito impera. Um olhar atravessado daqui, uma piadinha dali, um risinho debochado. Muitas situações no cotidiano não facilitam as vivências de quem é obeso.
          Há pessoas que, mesmo na fase adulta, não conseguem lidar com esse tipo de dificuldade. Acabam por se fechar para o mundo externo, criando uma espécie de casulo protetor e ficando cada vez mais reclusas. Um parêntese: nem vamos aqui entrar no mérito da obesidade na adolescência, que é uma fase reconhecidamente complicada, onde tudo é mico, é feio e onde se busca uma aceitação social constante.
               Na contramão disso tudo, um grupo de pessoas se uniu para buscar o respeito e a elevação da autoestima gorda, celebrando seus corpos grandes e suas formas generosas. Disseminado por grandes bloggers, americanas e europeias, ativistas do chamado “Fat Pride”, esse movimento parece que veio para ficar, (apesar de não haver divulgação maciça) inclusive no Brasil, onde já conta com diversos nomes de peso no enfrentamento da gordofobia, páginas espalhadas pelas redes sociais, grupos, encontros, eventos de grande porte, entre outros, todos voltados para que a pessoa gorda possa exaltar o seu corpo, como qualquer outra pessoa.
             Sim, esse é um aspecto muito positivo e que eleva a autoestima do movimento como um todo. Mas, devemos refletir a seguinte questão: e se essa mensagem de positividade, não atingiu aquela pessoa lá, que está reclusa por ter sofrido bullying, por ter sido motivo de chacota? Se aquela pessoa, não é tão bem resolvida quanto as outras, que participam do movimento, e tem dúvidas quanto à sua imagem, e não se aceita e não se gosta enquanto gorda? É justo que ela sofra por causa da ignorância de alguns em não aceitar algo que sequer lhes diz respeito? É certo propagar o ódio a determinado tipo de pessoa, apenas porque ela não está dentro de uma suposta maioria social?
          Só há uma resposta: NUNCA, em tempo algum o desrespeito e a intolerância qualquer que sejam, deve vigorar! Só é bom para um quando é para TODOS! Gays, gordos, negros, judeus, altos, magros, narigudos, carecas, tatuados, ruivos, pobres, asiáticos...
Todos merecem R E S P E I T O ! ! !
              Precisamos entender que cada um é único à sua maneira, devendo haver igualdade de direitos; PADRONIZAÇÃO humana e social NÃO.
             Fechar os olhos para essa situação, estimular nossas crianças com risos e deboches, a desde cedo fazer piada de gordo, a ver o corpo maior como uma diferença negativa, como um sinal de inferioridade, em nada vai contribuir para uma sociedade mais justa. Associar sempre uma pessoa obesa a algo que é feio, desleixado e sem saúde é reduzir drasticamente a complexidade do ser humano que ali está. É padronizar seus sonhos e aspirações, seus sentimentos e pensamentos. É coisificar a alma humana. E muito se perde com isso. TODOS perdem com isso, só apenas não sabem, em um primeiro momento.
          Por fim, cabe ao final dessa primeira parte uma última reflexão. É válido atentarmos para o fato de que essas pessoas não tem obrigação, por assim dizer, de “permanecerem gordas”. Não é o que se está aqui a dizer, muito pelo contrário.

        A questão gira em torno do direito que cada um tem de perder peso quando quiser e se quiser e não por mera imposição social. Não se prega uma apologia a obesidade, tampouco. Mas sim, à liberdade que cada um tem de manejar a sua vida e seu corpo como bem entender e na hora que lhe achar conveniente, sem que tenha que lhe ver, a cada instante, apontado o dedo inflexível do julgamento alheio. “Perca peso pela saúde, mas não para seguir um padrão imposto. Perca peso se é, realmente, a SUA vontade; mas não porque a revista ou a TV dizem que você tem que ser magra.” É isso, basicamente.